Implante

O implante odontológico nada mais é do que uma prótese que reconstrói as raízes perdidas. Sobre o implante podemos colocar diversos artefatos protéticos, desde dentes isolados a complexas próteses fixas ou retentores para próteses removíveis.
Ouvimos por diversas vezes o paciente perguntar qual a chance de haver rejeição de um implante, porém, não há rejeição de um implante simplesmente por esse não ser um órgão. Existem sim perdas de implantes, mas por questões de infecções posteriores, traumas prematuros, cargas prematuras ou mesmo diversidades durante a instalação do mesmo que podem ser desde baixa qualidade óssea do leito a receber o implante até limitações técnicas para a instalação do mesmo.
Durante a fase de osteointegração do implante, há uma ligação íntima entre o implante e o osso, crescendo e ligando o mesmo no entorno de toda a superfície do implante. Caso haja a incidência de uma força nociva sobre o implante nessa fase de osteointegração, pode haver a quebra desse intima ligação e ao invés de formar um tecido ósseo, há a formação de um tecido fibroso, mole, havendo assim a fibrointegração do implante e sua consequente perda subsequente. Esse é um dos principais motivos de perda de um implante a sua instalação, e uma das maiores contra-indicações de cargas prematuras ou provisórios imediatos sobre os implantes. A chance de insucessos na osteointegração de implantes é muito baixa, ficando em cerca de 1,5% para implantes instalados na mandíbula e 8,5% nos implantes instalados na maxila. Ressaltamos que em alguns pacientes podemos lançar mãos de reconstruções de tecidos biológicos para uma perfeita adequação do leito para receber um implante odontológico, podendo essa ser de tecidos duros, por enxertos ósseos por exemplo, ou de tecidos moles, gengiva.
A fase de osteointegração é variável conforme a densidade óssea e a região a ser instalada o implante, geralmente, temos a plena osteointegração do implante com 6 meses na maxila e 4 meses na mandíbula. Porém esses prazos podem ser alterados conforme alterações biológicas locais, tipo e marca do implante, tipo de tratamento proposto e condições gerais do paciente.
Usualmente, o implante é feito em 2 etapas cirúrgicas, 1ª etapa, instalação do implante, e 2ª etapa, abertura do implante e condicionamento gengival. Essas etapas também podem variar conforme as condições biológicas locais e tipo de tratamento proposto.
A cirurgia do implante pode ser realizada pelo método tradicional, guiada por computador e sem corte, quando indicada, ou até mesmo sem o uso de fresa alguma, também quando indicada. Trabalhamos hoje com implantes nas plataformas hexágono externo e cone-morse.